A oposição à penhora é um instrumento jurídico fundamental, permitindo ao executado contestar a apreensão judicial dos seus bens no âmbito de um processo executivo.
Esta ferramenta assegura que o procedimento de penhora decorra dentro dos limites legais e respeite os direitos fundamentais do devedor.
Se acredita que a penhora sobre os seus bens é injusta ou ilegal, é essencial conhecer os fundamentos legais, os prazos aplicáveis e os procedimentos necessários para interpor uma oposição eficaz.

O Que é a Oposição à Penhora?
A oposição à penhora consiste num meio processual através do qual o executado pode impugnar a penhora dos seus bens, alegando fundamentos jurídicos válidos para contestar a sua validade ou legalidade.
Este mecanismo visa evitar execuções abusivas, garantindo que a penhora não viole os princípios da proporcionalidade e da legalidade.
Em muitos casos, a penhora pode incidir sobre bens impenhoráveis, exceder os limites legais ou decorrer de um procedimento viciado.
Por isso, é essencial contar com o apoio de um advogado especializado em processos executivos, que possa avaliar a situação e apresentar a melhor estratégia para travar a execução.
Fundamentos da Oposição à Penhora
A oposição à penhora pode basear-se em diversos fundamentos jurídicos, incluindo:
1. Bens Impenhoráveis
Determinados bens são legalmente impenhoráveis, tais como:
- Salário mínimo nacional, necessário à subsistência do executado e da sua família;
- Bens de uso pessoal indispensáveis, como vestuário e objetos essenciais;
- Instrumentos de trabalho essenciais à atividade profissional do executado;
- Créditos de segurança social, pensões ou prestações sociais.
Se a penhora incidir sobre bens que se enquadrem nestas categorias, o executado pode opor-se à penhora com base na impenhorabilidade legal.
2. Excesso de Penhora
A penhora deve ser proporcional à dívida exequenda.
Se o valor dos bens penhorados exceder o montante necessário para a satisfação do crédito, o executado pode contestar a execução alegando excesso de penhora.
3. Falta de Notificação do Executado
A notificação do ato de penhora é um requisito essencial no processo executivo.
Se o executado não foi devidamente notificado, pode invocar esta irregularidade processual para contestar a penhora.
4. Erro no Procedimento de Penhora
Caso existam irregularidades processuais na penhora, como:
- Falta de requisitos legais
- Violação dos princípios do devido processo legal
O executado pode requerer a anulação da penhora.
Prazo e Forma da Oposição à Penhora
O prazo para apresentar a oposição à penhora é, regra geral, de 10 dias úteis após a notificação da penhora.
A oposição deve ser formalizada através de um requerimento dirigido ao tribunal competente, redigido por um advogado.
A petição deve expor de forma fundamentada os motivos da oposição e ser acompanhada dos documentos que sustentam a pretensão do executado.
Caso o executado não apresente oposição dentro do prazo legal, a penhora poderá prosseguir e resultar na liquidação dos bens penhorados para satisfação do crédito do exequente.
Meios de Oposição à Penhora
A oposição à penhora pode ser sustentada através de diferentes meios jurídicos, incluindo:
✅ Impugnação da legalidade da penhora – Contestação formal junto do tribunal sobre a validade do ato de penhora.
✅ Prova documental – Apresentação de documentos que demonstrem a impenhorabilidade dos bens ou a irregularidade do procedimento.
✅ Audiência de partes – Em alguns casos, o tribunal pode convocar uma audiência para permitir o contraditório entre exequente e executado.
✅ Recurso judicial – Se a decisão for desfavorável ao executado, pode ser interposto recurso para instâncias superiores.
Tramitação Processual da Oposição à Penhora
Depois de ser apresentada a oposição à penhora, o tribunal segue o seguinte trâmite processual:
1️⃣ Análise inicial da petição pelo tribunal;
2️⃣ Notificação do exequente para se pronunciar sobre os argumentos do executado;
3️⃣ Possível realização de audiência de partes para discussão dos fundamentos jurídicos;
4️⃣ Decisão judicial, que pode resultar na revogação total ou parcial da penhora, ou no seu indeferimento.
Se a oposição for deferida, a penhora pode ser reduzida ou anulada.
Se for indeferida, a execução prossegue e os bens podem ser vendidos para pagamento da dívida.
A Importância do Apoio Jurídico Especializado
Dado o impacto da oposição à penhora, é fundamental contar com um advogado experiente em direito executivo para garantir a defesa dos seus direitos.
Os advogados da António Pina Moreira Advogados são especializados em execução, insolvência e oposição à penhora, proporcionando um acompanhamento jurídico completo e personalizado em cada caso.
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